Hoje em dia, vivemos num mundo completamente diferente do que se foi há alguns anos atrás. A tecnologia nasceu junto das crianças e hoje se tornou o principal instrumento que movimenta o mundo, originando, assim, a Geração Y ou Geração Internet, o início de toda sociedade complexa e veloz que vem se expandindo. Com toda descoberta, toda a mudança acontecendo, veio a chamada Geração Y, o sucessor do nosso berço tecnológico.

A grande atividade dessa geração é “zapear”: Daí o Z, onde vivenciam um ciclo aparelhado, da televisão pro celular, do celular para o computador ou todos juntos. Pessoas da Geração Z, em sua maioria, não nasceram nos meados dos anos 80 e 90, a origem de todo poder descoberto. Por isso, são menos deslumbrados que os da Geração Y com computadores e celulares maiores que a mão. Hoje, a maneira de pensar de um adolescente é influenciada justamente pelo enorme avanço que a tecnologia tem tomado, da Y para cá. Diferentemente de seus pais, sentem-se à vontade quando ligam todos aparelhos tecnológicos juntos existentes em suas casas.

Essa geração segue o conceito de um mundo em mudanças diárias, aprendendo a conviver com ela já na infância. Informação e conhecimento são um dos fatores que não lhes faltam, pois não só lazer, mas também sabedoria, foi o que a tecnologia proporcionou, adaptando e acelerando os adolescentes a um mundo diverso, tendo sempre um passo a frente de seus pais e concentrados em adaptarem-se a um novo tempo.

Mas o único o problema da Geração Z seguir caminho para novas descobertas e novos tempos são os rótulos e estereótipos criados pela maioria da galera de época (pais e avós), culpando a tecnologia por ter tornado a sociedade Z escrava do mundo da internet, os tornando “burros” e “ignorantes”. Mas hoje, a galera Z expõe sua opinião quanto aos rótulos e suas possíveis “inutilidades”:

Jennifer Freitas: "Alguns acreditam que a cada dia em que passamos com a tecnologia, nossas mentes se contraem da esfera sócio-mundial em que vivemos, mas na verdade, nossos neurônios se implantam a cada pequeno milímetro de conhecimento absorvido, dissolvido e desenvolvido pela Internet. Através dos anos, com o grande estabelecimento da tecnologia, nossa forma de vida diversificou-se e definiu-se como uma grande maneira de crescimento empresarial. Diversos pesquisadores e até mesmo físicos que surgiram no mundo disseram que o avanço da tecnologia nos tornaria inúteis e até mesmo desnecessários, porém, é comprovado que o avanço da sente-tecnologia em nossas vidas nos tornaram, ao mesmo tempo, tão pertos, e tão distantes um dos outros. Enquanto podemos adquirir novos conhecimentos sobre variados assuntos e ideologias, também conseguimos sentir o efeito da modificação tecnológica em nossos comportamentos, como por exemplo, uma criança, comparada aos dias atuais com os de antigamente, não tem o mesmo pensamento frágil e delicado de quem antes mal conhecia sobre a própria realidade. Agora, consegue debater profundamente sobre assuntos antes nunca escutados. Ao mesmo tempo que a influência da tecnologia nos faz mal por nos distanciar da realidade, refletindo-se em um espelho dimensional que distorce a verdade e a mentira, ela também age como produtora de mentes poderosas que contribuem para o crescimento social de maneira forte e rápida sobre os habitantes da Terra."

Maíra Carreiro: "Olha, eu acho que nascer em uma era digital e tecnológica me possibilita em muitos aspectos. Meu pai costuma dizer que eu sofro de uma "doença", vulgo "vício". Pode ser que talvez sim, eu esteja realmente passando muitas horas do meu tempo na Internet, o que eu não gosto muito. Mas acho que chamar de "doença" é algo grave demais. A culpa não é minha ter nascido em uma época tão avançada, e creio que os mais velhos criticam tanto esse nosso hábito por ter sido muito incomum na época deles!"

Victória Dantas: "Bem, creio que existem muitas verdades sobre esse assunto. Estereótipos não são verdades absolutas, são formas de "padronizar" um grupo específico, e isso acaba levando -muitas das vezes- ao preconceito. No caso da geração Z, ainda existe uma grande barreira na sociedade por muitos não aceitarem que os tempos mudaram e que existe, hoje, uma dependência da Internet, fato. E de certa forma, por estarmos com o acesso à informação muito mais facilitado, certas vezes achamos que somos "donos da informação", quando na verdade, só temos uma visão superficial sobre o assunto. Mas na minha opinião, isso não me deixa "burra e escrava da Internet", faço o uso daquilo que me faz bem e me ajuda. Mas tudo tem de ter um limite, agora cabe a cada um saber o seu, tudo em excesso não faz bem, mas não é por isso que as pessoas devem ser rotuladas. A geração Z ainda tem muito de amadurecer, mas com medidas de conscientização para com as pessoas. Quem sabe um dia teremos informação e ligação sem perder de uma forma mais branda."

Nathane Cruz: "As tecnologias de hoje em dia, como a internet, são muito importantes na vida de uma pessoa. Elas nós ajudam a resolver problemas, nos informam e nos conectam com pessoas e coisas ao redor do mundo em frações de segundos. Porém, tudo tem dois lados, e essas tecnologias nos prejudicam de inúmeras formas. Eu, particularmente, confesso: Eu era viciada em internet, comecei a ficar ansiosa e sem paciência, e quando percebi que isso estava me prejudicando, resolvi parar. Agora consigo ficar sem internet e celular sem problema, por isso acho que as pessoas tem de impor limites a si mesmas. Então, na minha opinião, essa questão é muito relativa pois a internet e outras tecnologias trazem muitos benefícios, mas se os mesmos não forem usados com moderação e responsabilidade, nos trazem grandes malefícios e isso acaba gerando preocupação, que abre espaço para construção de estereótipos."

Beatriz Carrilho: "Concordo que exista esse tipo de "preconceito" com adolescentes, o que nós mais escutamos é "vive nesse celular, não fala mais com ninguém, antigamente não era assim.", é óbvio que não era assim antigamente, as pessoas não tinham com o que se distrair o dia todo, só uns aos outros, essa era a distração da época. Mas as coisas mudam e o grande problema da sociedade é aceitar o diferente. Hoje em dia nós somos escravos da internet sim, mas por um lado muito mais positivo do que negativo. Dependemos dela pra quase tudo e posso citar inúmeros exemplos, como enviar currículos, pois quase todas as empresas pedem por e-mail; inscrição de uma escola, a maioria é virtualmente; os nossos próprios professores nos mandam artigos por redes sociais, listas de exercícios por e-mail... Uma contradição muito grande é dizer que quem usa a internet o tempo todo é um "burro" ou "estúpido", porque, na verdade, a internet é uma das maiores fontes de conhecimento."

Matéria feita por Fabrício Nunes e revisada por Ana Maria.