Hoje em dia é muito natural que a sociedade como um todo pense que racismo "diminui", porém diante de alguns dados, vemos que na verdade o racismo ainda existe, mas está mais encoberto.

O número de mortes de jovens negros no Brasil é maior do que em regiões em guerra. Isso é o que diz o secretário especial de políticas de promoção da igualdade racial da Presidência, Ronaldo Barros. Ele afirma que as mortes de jovens negros já chegam a 70 mil por ano no País. O número é quase seis vezes maior do que as perdas em Gaza, por exemplo, que chegam a 12 mil por ano. Isso, segundo ele, reflete “um sistema de desigualdade racial”.

A única diferença entre o racismo de antigamente para o de hoje, é o modo que o racista age. O racista de um tempo atrás não tinha medo de represálias, já que sabiam que toda sociedade branca estaria ao seu lado. Já o racista dos nossos dias atuais sofre medo de represálias, já que a sociedade aponta e diz que ele está errado. Logo, ele também sabe que cumprirá uma pena pelo o que fez, já que hoje o racismo é considerado crime.

O Código Penal, em seu artigo 140, § 3º, determina uma pena de 1 a 3 anos de prisão, além de multa, para as injúrias motivadas por “elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, ou à condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”, já a lei 7716/89, lei anti-racismo, engloba os “crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”, também com pena de reclusão de 1 a 3 anos, mais multa. Basicamente, a diferença entre as duas é classificar ou não, como injúria atitude racista.

Conversando com um aluno da unidade escolar, cujo não quis ser identificado, ele relatou que as "brincadeiras" de mal gosto machucam de certo modo sim, que não são apenas brincadeiras, e acha um comportamento infantil o fato de pensarem que essas brincadeiras não são racismo.


O racismo continua impreguinado em nossa sociedade, a ideia de que o racismo é uma coisa do passado é uma Ideia deturpada. A sociedade como um todo tem uma visão de fora, a partir do momento em que a maioria não se vê dentro do problema, a minoria será ouvida, vista ou terá alguma resolução do problema.

Matéria feita por Maria Luiza, Revisada por Bruna Porto