Precisa-se falar sobre adoção. Talvez esse seja um dos assuntos que menos se fala e que mais se deve falar, pelo simples fato de que existem algumas coisas que precisam ser mudadas. E é o que será abordado nesta matéria.
Atualmente, no Brasil, se tem um total de 44.590 pretendentes cadastrados a adoção, segundo o Conselho Nacional de Adoção (CNA), e isso é um bom número, ou seja, não é aonde está o problema. Porém as exigências que estes fazem sobre as crianças/adolescentes que pretendem adotar, é o que se torna o maior problema no processo de adoção do país.
O número de pessoas que escolhem adotar negros, deficientes e crianças mais velhas cresceu nos últimos anos, mas, ainda não é o suficiente para dizer que o preconceito acabou aqui.
Hoje, 7.071 aceitam crianças brancas, isso é 15,86%, enquanto apenas 362 aceitam crianças negras, isso é 0.81%. 27.23% desejam adotar crianças do sexo feminino e 8.44% desejam adotar crianças do sexo masculino, mas, a boa notícia é que 28.684 são indiferentes em relação ao sexo da criança, isso corresponde a 64.33%. Os que querem adotar com até 2 anos de idade são 6.844, já os que querem adotar com até 17 anos são 51. 
A diferença e o preconceito são notórios. O que todos esses números deixam implícitos é que o processo de adoção não depende somente de pessoas, mas de como essas pessoas pensam. Pra fila de adoção começar a andar é necessário mais do que pretendentes, mas uma sociedade sem preconceitos e igualitária.

Matéria por: Ana Carolina
Redigida por: Chrystian Oliveira