A música é, com certeza, uma das melhores formas de arte e de expressar sentimentos. Porém, existem outras pessoas que conseguem fazer dela, algo ainda maior, como ferramenta para inclusão, por exemplo.

Os surdos podem ouvir a música como vibrações, na mesma região cerebral das pessoas que escutam perfeitamente bem, essas vibrações são tão reais quanto o próprio som. Lembrando que todo surdo pode escutar algum tipo de som, como o de trovão ou uma batida de porta. Isto também está relacionado à intensidade do som, por exemplo, os alarmes de incêndio apresentam altos níveis de decibéis que fazem com que os surtos também sejam alertados; há também a opção de contratar um intérprete de libras, como os cantores Snoop Dog, Jay Z, Eminem, Lucas Lucco e outros, já estão fazendo.
Mas existem os que vão além das coisas citadas acima. Pessoas que com muita garra e sem muito financiamento e estrutura, decidiram ensinar aos deficientes auditivos como manusear/tocar instrumentos de percussão ou sopro. O aluno aprende as posições das notas, como pegar no instrumento, colocar a mão nas chaves da nota desejada e, simultaneamente, identificar a mesma nota na escrita musical. Assim, ele encontra visualmente a nota correspondente à vibração esperada. Como cada nota tem sua própria vibração sonora, ele consegue ler e, na alternância das notas, consegue perceber a diferença entre as vibrações.

A luta pela igualdade e inclusão continua sem muito suporte, apenas com a vontade de fazer, aqueles que parecem ser limitados, pessoas habilidosas em externar sua essência através da música. Essência de garra e coragem de lutar todos os dias por um espaço numa sociedade onde minorias como essa, não tem integração.

Matéria escrita por Ana Carolina 
Redigida por Nicole Pires