A Intolerância religiosa vem acontecendo cada vez mais, de forma "mascarada" nas escolas, com piadas e brincadeiras de duplo sentido. Comentários de alunos e até mesmo de professores, tornam esse ato uma recorrente perseguição na vida dos alunos.


foto: Pinterest.com 

O preconceito com a religião é um assunto pouco abordado, mas que é de extrema importância ser comentado. Ainda mais quando falamos de um ambiente escolar, onde se abrigam alunos de diferentes idades e religiões.


No Brasil, existem várias camadas de religiões. Do catolicismo, vindo dos portugueses, até as religiões de matriz africana, vinda dos escravos. 

As principais religiões seguidas pelo povo brasileiro são: Catolicismo Romano, com 64,6%, Protestantismo, com 22% e Espiritismo, com 2%. Tendo também pessoas que não possuem nenhum tipo de religião. Todos professando sua fé conforme as suas tradições.

Contudo, religiões de Matriz Africana apresentam porcentagem muito baixa no censo. Isso ocorre principalmente devido a sua perseguição histórica, que impede muitos de espalharem sua crença.


Os ambientes escolares recebem alunos de todas as religiões, sejam elas predominantes ou não, de acordo com o censo.

 Cada aluno professa a sua fé de uma forma, e cabe a todos respeitarem. Se um aluno, por exemplo, que pertence a uma religião de matriz africana, for para a escola com seu turbante, ele deve ser respeitado por todos os alunos e ordens escolares. Se um aluno católico ou protestante, levar a sua bíblia, ele tem o direito e deve ser respeitado. 


Porém, nos dias de hoje, não é dada tanta importância à conscientização religiosa nas salas de aula, e há várias maneiras de abordar esse tema. Como por exemplo: através de palestras com pessoas que têm propriedade e estudo pra falar sobre o assunto, aulas interativas com os alunos (de forma que fique claro o objetivo), trabalhos de conscientização propostos pela própria escola e etc. Dessa forma, incentivando os alunos a terem respeito e a ajudarem os outros a serem respeitados.


Nos trechos abaixo, mostramos pessoas que foram questionadas sobre a intolerância religiosa nas escolas. Dentre elas cristãos, católicos, protestantes e pessoas que pertencem a religiões de matriz africana.


Alessandro do Carmo, aluno da rede pública, presidente do grêmio estudantil e integrante de religião de matriz africana: "O fato de não ter algo contra a intolerância religiosa, acaba reforçando mais a intolerância religiosa. (...) é de extrema importância ter mais coisas contra a intolerância à religiões, não só pra uma específica. Nós vivemos em um país onde a cultura é diversificada, imagina a religião."


Atkinson Junior, jovem cristão protestante: "Existem muitas paltas nas escolas que não são faladas, porque elas não são interessantes. Não é interessante ser citado a intolerância religiosa, no sentido do cristianismo. Se você reparar existem inúmeros vídeos fazendo "brincadeiras", descredibilizando de forma jocosa, falando sobre a religião cristã. (...) a nossa religião prega um "virar a face", você agride e a gente não devolve, você escarnea e a gente não devolve o escarneo. (...) é muito fora da palta falar da intolerância religiosa aos cristãos dentro do nosso país, porque não dá view, muitas pessoas não ligam, então eles nos atacam e quando a gente reage, eles falam que nós que somos intolerantes religiosos." 


Arthur de Souza, aluno da rede pública e cristão católico: "A nossa constitucional garante a liberdade e consciência de crença, permitindo que todos exerçam livremente suas práticas religiosas. Então é assim nós temos que viver: como irmãos, se eu sou católico e você é protestante nós somos irmãos, se você é candoblecista ou umbandista, nós não temos que olhar a pessoa pela religião, mas sim pelo o que ela é caráter, personalidade. (...) As pessoas deixam a fé e a política, ou qualquer assunto virarem uma guerra banal."


A intolerância religiosa precisa urgentemente ser tópico de palestras escolares com o objetivo de ressaltar a conscientização aos alunos e professores. As escolas formam novos cidadãos e a intolerância religiosa não deve fazer parte da nova geração de cidadãos brasileiros.


Repórter: Maria Victória Nobre 

Redatora: Alice de Oliveira 


Fontes:https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/01/13/50percent-dos-brasileiros-sao-catolicos-31percent-evangelicos-e-10percent-nao-tem-religiao-diz-datafolha.ghtml