Angus Deaton foi o escolhido para ser honrado com o Prêmio Nobel de Economia 2015. O motivo foi sua análise do “consumo, pobreza e bem-estar”, que ajudou diversos governos a melhorar suas políticas por intermédio de ferramentas como pesquisas residenciais e alterações tributárias. O anúncio foi realizado na manhã da última segunda-feira (12) em Estolcomo, na Suécia. Deaton possui dupla nacionalidade, sendo britânico e norte-americano. Nascido em 1945 na Suécia, é phd em Economia pela universidade de Cambridge, no Reino Unido e, também é professor de Economia em relações internacionais na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos.

O Nobel de Economia também possui uma premiação de 8 milhões de coroas suecas (equivale a mais de 3 milhões de reais). A Academia Real de Ciências da Suécia disse que o trabalho do microeconomista tem tido grande influência na formulação de políticas públicas, auxiliando, por exemplo, a determinar como alguns grupos sociais de localidades diferentes, sendo considerados divergentes são afetados por mudanças específicas em tributação.

"Para projetar uma política econômica que promova o bem-estar e reduza a pobreza, devemos primeiro entender as escolhas de consumo individuais", disse o corpo premiações ao anunciar o prêmio. "Mais do que ninguém, Angus Deaton tem reforçado esse entendimento."

 "Ao vincular as escolhas individuais detalhadas e resultados agregados, sua pesquisa tem ajudado a transformar os campos da microeconomia, macroeconomia e economia do desenvolvimento", destacou ainda a justificativa da Academia Real das Ciências da Suécia. A razão a qual levou Deaton a ganhar esse prêmio tem três questões centrais: Como os consumidores distribuem seus gastos entre diferentes bens? Quanto da renda da sociedade é gasto e quanto é poupado? Como podemos medir e analisar melhor o bem-estar e a pobreza?

A reação de Angus Deaton foi como era de se esperar, em seus primeiros comentários públicos após ter recebido o prêmio Nobel Economia 2015, ele declarou que embora a pobreza extrema tenha diminuído drásticamente de 30 anos para cá, ele diz que espera que essa tendência se mantenha dessa forma, sem o mesmo querer parecer um “otimista cego”. O economista afirmou que passa muito tempo explicando que o mundo está-se tornando um lugar melhor, mas que ainda há muito o que fazer. Ele afirmou ter sido surpreendido pelo telefonema informando que tinha sido o vendedor do Nobel 2015.

"Sabia que meu nome estava na lista, mas há muitos nomes nesta lista, e nunca pensei que fosse provável receber o prêmio", declarou durante uma coletiva de imprensa na Universidade de Princeton.

Matéria por Italo Medeiros e revisada por Ana Maria.

Fonte: G1 Economia