Para o entendimento eficaz sobre fatos relatados no decorrer do texto, é importante destacar que existe uma grande reserva de petróleo na Venezuela, importante para a economia de toda América Latina. Sendo assim, qualquer irregularidade pode afetar maiores potências, inclusive o Brasil.
     Por meio do fato citado acima, sabe-se que Hugo Chávez governou o país por quatro vezes consecutivas, democraticamente. Ele era um aliado fiel ao Socialismo. No mais, durante o seu governo, a Venezuela descobriu que tinha a maior reserva de petróleo mundial. Assim, como consequência disto, essa descoberta fez com que a economia do país girasse em torno deste mercado, sendo 96% da economia venezuelana pretrolífera.
    Após a morte de Chávez, Nicolás Maduro, seu vice, assumiu a presidência. Maduro, em seu mandato, fez totalmente o contrário do que o antecessor fazia, o que gerou uma revolta na nação e, paralelamente a isto, o preço do petróleo caiu mundialmente, dando início a uma crise econômica instalada na Venezuela, que servira como agravante à crise política iniciada pelo governo do novo presidente.
    A partir disso, surgiu a oposição chamada MUD, Mesa da União Democrática, que buscava recorrer a eleições diretas para tirar Maduro do poder, antes de seu mandato terminar. Então, começaram a produzir abaixo-assinados e pesquisas de insatisfação, reprimidos pelo Conselho do presidente, alegando irregularidades nos documentos.
     Por meio do movimento aclamado, a MUD conseguiu conquistar o congresso venezuelano, porém o Tribunal Supremo de Justiça do país decretou que o legislativo estava em desacato, para que assim se convocasse uma nova Assembleia Nacional Constituinte, com a finalidade de estabelecer uma nova constituição, composta pela proibição de moedas estrangeiras em território nacional, cartão de crédito para não funcionários do Estado e etc.
    Como medida emergente à tentativa de paralização contra o ditador em cena, Juan Guaidó, um deputado da oposição, aparece no dia 10 de janeiro de 2019, mesmo dia que Maduro assumiu seu novo mandato "supostamente democrático", se autodeclarando o novo presidente do país. Assim, recebeu apoio internacional de países como: Argentina, Canadá, Chile, Estados Unidos e Brasil, e claro, da própria oposição.
     Há um risco de intervenção militar pelos Estados Unidos, porém pelas expectativas, são os únicos requerentes, visto que o Brasil se posicionou com o discurso de que a política externa brasileira não tem o costume de intervir na política interna de outros países, e existe também uma cláusula na ONU que só permite a intervenção militar de outros países, caso o governo do país em questão se omita em relação a práticas de crime a humanidade, crimes de guerra, genocídios e limpeza étnica.
     Embora esse seja o caso da Venezuela, dificilmente o conselho de segurança da ONU aprovaria ou declararia que ocorre exatamente isso. Bem como existem 5 países que podem gerar uma aprovação da ONU, são eles: Estados Unidos, França, Rússia e China. É importante lembrar que a Rússia é aliada do Maduro.
     Guaidó está tomando outras medidas para conseguir apoio militar. Há poucos dias, foi criada uma lei de anistia para ajudar os militares venezuelanos nessa transição, mas até agora, não há relatos de militares de alta patente se opondo a Maduro. Algumas pequenas rebeliões surgiram em alguns quarteis, mas nada muito claro.

Matéria por Ana Carolina.


Redigida por Maria Fernanda Cândido.