Após uma paralisação que durou 42 dias corridos, a greve dos professores no estado do Rio de Janeiro chegou ao fim. A decisão foi tomada durante a assembleia do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), realizada na quinta-feira, dia 29 de junho, por meio de votação entre os servidores envolvidos.

Cabe ressaltar que, um dia antes, na quarta-feira, dia 28 de junho, ocorreu uma audiência entre o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc RJ), na qual se discutiu o encerramento da greve e a revisão dos salários dos professores. No entanto, o Governo não apresentou propostas de reajuste, o que levou o sindicato a optar por reivindicar o piso salarial, como salário base, pelas vias judiciais.

O fim da greve foi considerado obrigatório por muitos, pois o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o desembargador Ricardo Cardozo, determinou a ilegalidade da greve, colocando os professores em risco de perder seus empregos e causando desestabilização entre aqueles que aderiram à paralisação.


No entanto, os dirigentes do Sepe argumentam que as reivindicações não podem ser encerradas, pois não foram alcançados avanços concretos para a categoria. A greve, que durou um mês e meio, mostrou sinais de desgaste e se encaminhou para um desfecho amargo, sob a perspectiva dos professores.

Em nota oficial, a Secretaria de Estado de Educação afirmou que, em nome do Governo do Estado, mantém-se aberta ao diálogo e reafirma seu compromisso com todos os pontos acordados na conciliação judicial com a categoria. Além disso, expressou a esperança de que as aulas sejam repostas o mais breve possível, a fim de evitar maiores prejuízos aos alunos, que já perderam 35 dias letivos. Encerrando a nota, a Secretaria destaca: "Como sempre ressaltamos nas 11 audiências com a categoria, a Educação é o único caminho para um futuro melhor".

Com o término da greve, as escolas já iniciaram o processo de reposição das aulas. Por determinação da Secretária de Educação as escolas estão abertas para compensar os dias de paralisação dos docentes. Por conta disso, as férias de julho, que originalmente seriam de 17 dias, serão reduzidas para cinco. A Secretaria de Educação ainda afirma que, no 2º semestre, entre sábados, feriados ou pontos facultativos (à escolha da escola), haverá dez reposições de aulas presenciais, e dezenove reposições de forma remota, com material impresso ou através da plataforma Google Classroom.

Vale ressaltar que, ao menos até o primeiro dia das reposições durante as férias de julho, o uso do RioCard estudantil está inválido e, por conta de ser um período de recesso, os cartões não estão funcionando, o que pode impedir os alunos de se locomoverem em transportes públicos para a ida e volta da escola.

Repórteres: Layara Kattylenn e João Vitor Brasileiro
Redatora: Nathália Messias