6 dos 9 limites planetários já foram ultrapassados, e agora os cientistas de todo o mundo tentam achar uma solução para reverter a situação.
Em 2009, um grupo sueco de cientistas, integrantes do Stockholm Resilience Centre (SRC), identificou nove dos chamados “limites planetários”, que são definidos como limites ambientais seguros dentro dos quais a humanidade pode se desenvolver sem que as mudanças ambientais sejam irreversíveis. O problema é que 6 desses 9 foram ultrapassados.
Mas qual é a origem desses limites?
Como surgiram os limites planetários?
Há cerca de 11 mil anos, o clima do planeta tornou-se estável. Esta era geológica, com temperaturas previsíveis, foi chamada de Holoceno. Nela, a humanidade pôde desenvolver a agricultura, domesticar animais e basicamente criar o mundo moderno no qual vivemos hoje.
Durante esse período, porém, extinguimos espécies e danificamos ecossistemas, poluímos o ar, a água e o solo e ainda desencadeamos a crise das mudanças climáticas.
Dessa forma, entramos no Antropoceno, era geológica em que os humanos são os principais responsáveis pelas mudanças no planeta.
Foi a partir do Antropoceno, período em que nos encontramos atualmente, que foram criados os limites planetários, com o objetivo de preservar a terra como um lugar habitável e saudável para a humanidade.
Violações já realizadas dos limites planetários
Porém, em 2020, já tínhamos ultrapassado quatro dessas nove barreiras e, agora em 2023, totalizamos seis violações.
São elas:
1. Mudanças climáticas – limite violado
2. Acidificação dos oceanos
3. Destruição da camada de ozônio
4. Perda de biodiversidade – limite violado
5. Escassez de água doce – limite violado
6. Uso do solo – limite violado
7. Poluição química
8. Ciclo do fosforo – limite violado
9. Ciclo do nitrogênio – limite violado
O que está sendo feito para reverter a situação?
Além de medidas governamentais ao redor do mundo para reter a emissão de gás carbônico na atmosfera, regente de boa parte das violações dos limites planetários, também existe uma outra esperança para a longevidade humana na terra. Na verdade, ela não se encontra em nosso planeta, porque vem da lua.
Hélio-3
O Hélio-3 é um isótopo de Hélio que pode servir como o combustível mais sustentável que a humanidade pode alcançar até hoje. Porém ele não é encontrado na terra, e somente foi identificado na lua.
Através dele, pode ser feita a fusão nuclear, processo em que dois núcleos se combinam para formar um único núcleo, mais pesado. Atualmente, utilizamos a fissão nuclear, que é três a quatro vezes menos eficiente que a fusão nuclear, ou seja, produz menos energia. Apenas uma pequena parcela desse elemento pode alimentar uma cidade inteira.
Os cientistas estudam como trazer o Hélio-3 para a terra. Uma alternativa é extrair oxigênio da água da Lua para fazer uma reação de combustão. Dessa forma, foguetes poderão ir e voltar, transportando, assim, o elemento para a terra.
Repórter: João Vitor Brasileiro
Redatora: Nathália Messias
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