Carlos Teixeira de apenas 13 anos, foi atacado e agredido por dois alunos do colégio Escola Estadual Professor Júlio Pardo Couto, onde o mesmo estudava.
Após dois alunos pularem em cima de suas costas, no dia 16 de abril, Calos Teixeira veio à óbito depois de 3 paradas cardiorrespiratória, no Hospital Santa Casa de Santos (SP). As agressões aconteceram uma semana antes do falecimento do jovem.
O jovem relatou para seu pai Julisses Fleming que estava sentindo dores fortes nas costas, o mesmo notificou ao pai uma dificuldade para respirar no dia em que foi agredido. O responsável do jovem o levou para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), de Praia Grande pelo menos três vezes na semana em que a agressão ocorreu. Carlos era atendido, medicado e liberado para ir para casa.
As dores do menor se intensificaram no dia 15 (segunda-feira), o pai do jovem, o levou para a UPA Central de Santos (SP), onde presenciou seu filho ser internado e entubado. O jovem foi transferido na terça-feira (16), para o Hospital Santa Casa de Santos. Infelizmente ele não resistiu, e veio a falecer depois de três paradas cardiorrespiratórias.
Julisses afirmou que os médicos declararam a causa da morte como uma suspeita infecção pulmonar. Os médicos Carlos Machado e Marcelo Bechara, foram consultados a pedido do g1, sendo assim, analisaram o caso com base nos próprios conhecimentos e informações fornecidas pela a equipe do g1. Os profissionais afirmaram que por conta do peso nas costas de Carlos (causado pelo impacto dos dois alunos), havia um trauma, que seria lesões causadas por evento traumático, externamente e inesperadamente.
O médico clínico Carlos Machado afirma que o trauma pode ter sido fruto de uma fratura ou esmagamento da vértebra na coluna cervical, torácica e até na costela.
"Se ele estiver com uma dessas lesões, [...] podia estar furando o pulmão, o que dificulta a respiração e, respirando menos, faz com que tenha secreção acumulada, que é uma infecção pulmonar", disse o profissional.
Marcelo Bechara explica que pelo mesmo motivo, pode vir a acontecer uma parada cardiorrespiratória. "O excesso de peso nas costas podem ter levado a um trauma que pode levar a um pneumotórax [...], [quando] o pulmão não consegue ventilar e uma hora chega a parada cardíaca mesmo", afirmou ele.
Carlos Teixeira já tinha relatado ao seu pai que estava sofrendo bullying na escola."A gente leva a criança para escola achando que a criança vai estudar, que vai estar segura e, ao final, olha o que acontece", disse Jussiles Fleming, pai do jovem Carlos.
Carlos já tinha sido agredido antes. Sempre que comentava a seu pai sobre as agressões, Julisses o levava até a direção do colégio estadual, que não tomava nenhuma atitude sobre os acontecimentos.
Julisses contou que chegou a pedir uma reunião de pais, e não obteve nenhum retorno da diretoria do colégio estadual. Ele chegou a comprar um spray de pimenta para o seu filho usar contra seus agressores, já que não houve retorno da direção do colégio. "Mas não adiantou. [...] Estou destruído”, afirmou Julisses.
A Seduc afirmou que lamenta a morte do estudante. "A Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações".
A polícia civil apreendeu os dois adolescentes de 14 anos, por serem suspeito de participarem da agressão que levou Carlos a óbito. Nisso houve a identificação de um pré-adolescente de 11 anos, que foi apontado como terceiro suspeito envolvido na agressão, não podendo ser apreendido de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Os outros dois suspeitos foram levados de bom grado por sua família, e estão na Fundação Casa, onde estão a disposição da justiça, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Repórter: Maria Victória
Redigido por: Lídia Lacerda
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