Recentemente, a empresa americana Colossal Biosciences recriou, por meio de um método de edição genética chamado “Tecnologia CRISPR”, uma espécie que estava extinta há mais de 10 mil anos, conhecida como Lobo-Terrível. O ocorrido teve grande repercussão nas redes sociais, gerando opiniões divergentes entre os internautas, que muitas vezes não compreendiam totalmente o assunto. Nesta matéria, serão apresentados alguns conceitos básicos sobre edição genética, além da explicação dos principais pontos por trás do retorno do Lobo-Terrível.
O que é a Tecnologia CRISPR?
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O Lobo-Terrível (Aenocyon dirus) foi um carnívoro que habitou, principalmente, as regiões do continente norte-americano durante a Era do Gelo. O predador ficou conhecido por seu porte imponente e dentes fortes, projetados para atacar e quebrar ossos de grandes herbívoros da megafauna da época. Estima-se que a extinção da espécie ocorreu há cerca de 10 mil anos, no final da Era do Gelo. Acredita-se que isso tenha sido resultado de mudanças climáticas, desaparecimento das presas e competição com outros predadores.
A Ciência traz de volta o Lobo-Terrível após milhares de anos
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A Colossal Biosciences, uma empresa de biotecnologia dedicada a pesquisas científicas, divulgou recentemente uma pesquisa na qual coletou fósseis do Lobo-Terrível – um dente de 10 mil anos e um crânio de 72 mil anos – encontrados na América do Norte. Os cientistas extraíram o DNA dos fósseis para analisar o material genético. Com base nesses estudos e utilizando a Tecnologia CRISPR, os pesquisadores editaram os genes do Lobo-Cinzento, que vive atualmente no Alasca, para que ele apresentasse as características do Lobo-Terrível.
Em seguida, foram criados embriões a partir dos genes editados dos Lobos-Cinzentos, que foram implantados em mães caninas substitutas. Após um período de gestação, nasceram três lobos saudáveis – dois machos com 6 meses e uma fêmea com 2 meses – chamados Romulus, Remus e Khaleesi, que apresentam algumas características semelhantes à espécie extinta.
Entretanto, muitos cientistas não acreditam que isso constitua uma “desextinção” dos Lobos-Terríveis; para eles, trata-se apenas de uma versão geneticamente modificada dos atuais Lobos-Cinzentos que se assemelham à espécie extinta.
Fontes:
1. https://parajovens.unesp.br/crispr-uma-nova-maneira-para-editar-o-dna/
2. https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2025/04/sera-mesmo-um-lobo-terrivel-como-os-novos-filhotes-extintos-se-comparam-aos-lobos-reais
3. https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2021/01/lobos-pre-historicos-existiram-e-eram-ainda-mais-estranhos-do-que-pensavamos
4. https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/04/10/quem-esta-por-tras-da-startup-que-diz-ter-recriado-lobo-terrivel-extinto-ha-mais-de-10-mil-anos.ghtml
Repórter: Ítalo L. Cardoso.
Redatora: Yasmin Vitória
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