Nos últimos anos, as redes sociais se tornaram vitrines, não apenas para adultos e jovens, mas, também para crianças e adolescentes. O fenômeno da adultização infantojuvenil tem ganhado destaque, principalmente, quando vemos meninos e meninas sendo expostos a comportamentos, roupas e situações que não correspondem à sua idade.
Hoje em dia, é muito comum vermos crianças e adolescentes fazendo danças sexualizadas em suas redes sociais que, em muitas das vezes, não são supervisionada pelos pais ou responsáveis. As crianças se inspiram nos conteúdos que estão em alta e em influenciadores que são maiores de idade.
A busca pela monetização, também, é um agravante, adolescentes que desejam fazer dinheiro fácil e pais que se aproveitam da inocência dos filhos para fazer dinheiro. A necessidade de likes, visualizações e seguidores para uma criança pode parecer algo legal, mas, por trás da curtidas e comentários é onde o perigo mora.
Para as crianças, é só uma simples foto ou vídeo, mas, para os pedófilos é um ponto de encontro para a troca de conteúdos infantis. Com comentários que indicam onde encontrar tais conteúdos, os vídeos são majoritariamente compartilhados por links via Telegram, que vão diretamente para grupos onde esses conteúdo são compartilhados.
Esse assunto ganhou uma grande repercussão nas últimas semanas graças ao influenciador e streamer, Felipe Bressanim, mais conhecido como Felca, que comentou sobre esse assunto no seu canal do YouTube. Recentemente, ele abriu seu canal para falar sobre esse assunto, onde trouxe casos que acontecem e passam batidos pelas pessoas, sem terem uma solução. Além de comentar, Felca, também, fez denuncias contra tais crimes.
Um dos casos comentados foi o de Kamylinha, a influenciadora que tem 17 anos, mas que començou no meio do entretenimento com 12 anos, influenciada e apoiada pelo influenciador e dançarino, Hytalo Santos.
Kamylinha começou a ser sexualizada muito nova, com danças e roupas vulgares. Era incentivada por Hytalo Santos a dançar seminua, beber e se relacionar sexualmente com jovens da mesma idade. Tudo isso, em troca de likes e monetização.
Hytalo Santos e seu marido foram presos no dia 15/08 (sexta-feira), como medida preventiva, para que não atrapalhassem de algum modo as investigações.
Outro caso pouco comentado, é o caso de Caroline Dreher. Ela começou fazendo danças sensuais em seu TikTok e começou a ganhar seguidores, likes e comentários pedindo mais danças e até com "dicas" de como se vestir enquanto dançava, "dicas" vindas de pedófilos. Sua mãe, Patrícia Dreher, percebeu que os vídeos traziam dinheiro, e não tomou nenhuma medida, continuando com a exposição da filha no TikTok, expondo conteúdos sexuais da própria filha, compartilhando links para quem quisesse ver.
A preocupação com o tempo de tela dos adolescentes e crianças é muito falado e comentado, mas, pouco se fala dos pais que expõem filhos em troca de monetização.
Repórter: Maria Victória Nobre
Redatora: Ana Lívia Brum
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